Cerca de 200 mil trabalhadores e trabalhadoras ocuparam as ruas da capital federal nesta quarta-feira, 24, para o grande ato #OcupaBrasília.
Os manifestantes, articulados por diversas entidades sindicais e movimentos populares, reivindicaram a saída imediata de Temer da presidência, a realização de eleições gerais diretas e se posicionaram contra as reformas trabalhista, da previdência e a terceirização, que retiram direitos históricos conquistados pela classe trabalhadora. Dezenas de ônibus saíram do Espírito Santo em direção a Brasília levando centenas de trabalhadores para comporem o ato e os petroleiros e petroleiras capixabas também marcaram presença e fortaleceram a manifestação que já é considerada a maior da história.
Em marcha pela Esplanada dos Ministérios, os trabalhadores foram recebidos com toda a truculência da polícia militar que os alvejou com centenas de balas de borracha, bombas e gás lacrimogêneo. Além de policiais militares, as forças armadas também foram acionadas pelo golpista Michel Temer para conter os trabalhadores que protestavam de forma pacífica. “Mesmo com a truculência da polícia, resistimos e seguimos firmes”, comenta o coordenador-geral do Sindipetro-ES, Paulo Rony, que esteve em Brasília. “Com ordens de Rodrigo Rollemberb [governador de Brasília], os militares jogaram bombas de gás lacrimogêneo e deram tiros de balas de borracha, mas ainda assim resistimos até o fim do ato. Nossa pauta é pela saída do presidente ilegítimo e por nenhum direito a menos”, complementa.
União
Outro fato histórico da marcha e que garantiu o êxito do Ocupa Brasília foi a unidade entre as principais centrais sindicais apoiadas pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. Foi uma marcha histórica em que as diferenças existentes dentro dos movimentos sindicais foram deixadas de lado e a união e a pauta única de “Diretas já”, “Fora Temer” e “Não às reformas” prevaleceu. A luta em defesa dos direitos e da democracia é uma luta de todos os brasileiros e brasileiras.