Parece um roteiro de filme de terror para os trabalhadores e trabalhadoras da Telsan, empresa que presta serviços para a Petrobrás no Edivit. Desde o ano passado, as funcionárias têm sofrido constantemente com assédio, culminando na substituição consecutiva de duas supervisoras: uma demitida e a segunda tendo seu horário de trabalho alterado. No entanto, parece que essa situação não tem fim.
Atualmente, os funcionários da Telsan estão com seus planos de saúde cortados, e aqueles que tiraram férias não receberam seus salários. A Petrobras é um reflexo do Brasil, onde as desigualdades sociais são evidentes, principalmente na disparidade salarial entre funcionários concursados e contratados, situação que se agravou durante o governo anterior.
Parte dessa responsabilidade recai sobre a gestão da Telsan, mas não podemos isentar a gestão do contrato dessa empresa, ou seja, a gestão da Petrobrás. Ela tem fechado os olhos para esses contratos precários, que reduzem os custos para a Petrobras às custas da precarização dos trabalhadores das empresas contratadas. A ausência de resposta dos fiscais do contrato da Telsan é o que mais nos agride. Ou os fiscais sabem dos problemas que assolam a Telsan e fazem vista grossa, ou eles não sabem. Em ambas possibilidades, falta competência e humanidade daqueles que fiscalizam, e pelos gestores dos contratos.
É verdade que novos contratos estão sendo estabelecidos, o que pode melhorar as condições de trabalho e salários dos contratados, mas isso está demorando demais. Falta empatia, falta preocupação com o próximo. Ainda há gestores dentro da Petrobrás com pensamentos arcaicos, que acreditam que apenas os funcionários concursados merecem boas condições de trabalho e uma boa saúde mental – já outros acham que nem os funcionários concursados merecem.
Isso é um equívoco que afeta a todos, pois a Petrobrás depende dos prestadores de serviço, eles são importantes e não devem ser tratados como invisíveis, todos são peças essenciais na engrenagem que faz a Petrobrás funcionar. E, para isso, todos precisam estar satisfeitos e motivados a contribuir cada vez mais para o crescimento da empresa.
Ninguém pode soltar a mão de ninguém! Embora os crachás tenham cores diferentes, todos têm o mesmo objetivo: fazer a Petrobrás crescer cada vez mais.
Texto escrito pela Secretaria de Formação Política do Sindipetro-ES