Mais um ataque ao Meio Ambiente. Desta vez, a empresa Imetame Energia, localizada no Norte do Espírito Santo, assumiu o vazamento de óleo na Base Lagoa Parda. O oleoduto da empresa causou o vazamento em estrada que liga as regiões de Areal e Regência, em Linhares, próximo à Reserva de Comboios. Estima-se que 5 a 7 mil litros de óleo foram derramados na Lagoa Parda, e moradores das comunidades temem que esse material se espalhe, até chegar ao mar.
Mas sabemos que esses riscos não serão resolvidos enquanto o pensamento empresarial do “lucro acima de tudo e de todos” seja o principal. O vazamento de óleo por parte da empresa Imetame Energia é mais um exemplo de como a privatização é um perigo iminente para todos!
E é um perigo não apenas por desconsiderar direitos sociais e ambientais durante todo o processo de desmonte e privatização da Petrobrás, mas porque muito da privataria atende a uma onda de empresas que não possuem qualquer experiência com a operação petrolífera, não estando preparadas, muito menos equipadas, para resolver questões como a que ocorreu nesta terça, em Linhares. Não há profissionais nem equipamentos adequados para a solução do problema, com muitas dessas empresas não tendo sistema de contenção, brigadas especializadas em casos de derramamento, nem investimentos em questões ecológicas e sócio-ambientais.
Agora, cabe a nós, Sindipetro/ES, reforçar uma frase que não gostaríamos de dizer, mas que precisa ser dita: “Nós avisamos”!
Quando a Petrobrás decidiu começar as privatizações de seus campos terrestres no Norte do Espírito Santo, os diretores do Sindipetro/ES alertaram o governador Renato Casagrande sobre o risco. Além da perda de arrecadação, também falamos sobre os riscos ambientais.
Mesmo assim, o Governo do Espírito Santo atendeu às recomendações apresentadas pelo Sistema Findes e deu o aval para a privatização dessas áreas, inclusive emprestando 80% do valor utilizado pela Imetame para comprar os ativos da Petrobrás.
Não foi por falta de aviso! Esse crime ambiental também é seu, Casagrande!
O Sindipetro/ES seguirá acompanhando de perto todo o processo de contenção do vazamento de óleo, assim como as etapas de investigação. Queremos saber o real motivo para que esse crime ambiental tenha ocorrido em Linhares, assim como cobraremos da empresa uma postura mais preventiva nas operações realizadas na região, respeitando os direitos ambientais e, também, dos trabalhadores. A sociedade não pode ser punida!
Sindipetro/ES em ação!