Já sabemos qual é o objetivo dessa nova diretoria da Petrobrás: privatizar tudo, restando à empresa somente exploração e produção do petróleo. Aos poucos, todos os demais ativos da estatal estão sendo negociados junto com o mercado. E negociados sem a aprovação do congresso nem por meio de licitação. É compra direta, mesmo.
Todas as riquezas nacionais estarão, agora, nas mãos das exploradoras estrangeiras. Já venderam os ativos da petroquímica, dos biocombustíveis, das refinarias, dos novos campos terrestres e, agora, partem para os ativos do gás, a começar pelo transporte e logística.
“Se antes podíamos dizer que a Petrobrás era uma empresa nacional, envolvida do poço ao poste. Hoje, só nos resta acreditar que caberá a ela somente furar poços de petróleo e manter parte dos escritórios administrativos em funcionamento”, reforça o diretor técnico do INEEP, William Nozaki.
O curioso é que, como aponta Nozaki, para vender tudo, os diretores da Petrobrás alegam que são ativos pouco rentáveis, sem lucros, e que a empresa controla todo o mercado nacional, sendo necessário abrir para concorrência. “Uma contradição atrás da outra, visto que são esses ativos comercializados pela Petrobrás que vêm sustentando a empresa, nos últimos anos, e permitindo avanços comerciais”, afirma ele.
Além disso, não pode a estatal nacional manter em mãos os bens que são nacionais, mas pode vendê-las às estatais estrangeiras? Enquanto a Petrobrás acha que merece parar de crescer, agindo na contramão do mercado mundial, as demais empresas só ampliam os negócios e passam a expandir sua ação em nosso país.
Buscamos apoio no congresso nacional, para buscar formas de barrar a privatização.
Buscamos ações judiciais, por considerar que os processos de venda são inconstitucionais.
Buscamos defender as políticas e os direitos dos/as petroleiros/as, com apoio de outras categorias, em defesa das estatais.
Não vamos parar de lutar!