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Precarização da AMS é problema de gestão

Em reunião da Comissão de AMS, realizada nesta quarta-feira, 04, a FUP criticou o descaso da Petrobrás com os beneficiários, que não estão conseguindo sequer agendar atendimentos básicos, como consultas. Os dirigentes sindicais responsabilizaram a empresa por problemas recorrentes de gestão e de operacionalização da Assistência Médica Suplementar, o que está precarizando o benefício, comprometendo a qualidade do atendimento e deixando os usuários à própria sorte.
Em diversas regiões do país, não há sequer postos da AMS instalados, como é o caso de Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Em todo o estado de São Paulo, por exemplo, onde há várias unidades do Sistema Petrobrás, somente a Replan conta com um posto de atendimento. A situação é ainda mais precária nas regiões Norte e Nordeste, pois 58% dos Postos Avançados da AMS estão concentrados no Sudeste.

Mesmo onde há atendimento, os beneficiários reclamam da falta de orientações e informações adequadas, bem como negligência dos canais de comunicação, em função do enxugamento irresponsável feito nas equipes próprias e, até mesmo, nas equipes terceirizadas da AMS, devido à implantação de uma única empresa, a GAMA/CRC, para executar toda a sua operação, eliminando e precarizando todos os demais contratos de prestação de serviços. Desde a implantação desse contrato, há dois anos, a FUP já alertava sobre o risco de concentrar toda a operação da AMS em um único contrato e reduzir as equipes próprias da AMS, através de um PIDV irresponsável.
Outro questão grave relatada pelos dirigentes sindicais foi o fato dessa empresa ter sido contratada originalmente e, principalmente, para implantar um novo sistema de informatica para melhorar a gestão e operação da AMS, substituindo o arcaico sistema “SAM” sendo que, até a presente data, isso ainbda não ocorreu.
No caso dos Postos de Atendimento, que são geridos por outros contratos, há pelo menos cinco meses, a FUP vem denunciando a ausência ou precariedade de seu funcionamento e cobrando uma solução, sem que nada tenha sido feito.
Outro ponto bastante debatido na reunião da Comissão de AMS foi a precarização da rede conveniada e as dificuldades de atendimento dos usuários. Apesar da Petrobrás contar com 18 mil credenciados, 57% estão concentrados nas capitais da região Sudeste e mais da metade da rede (56%) são consultórios médicos.
Há também deficiência de atendimento em clínicas, hospitais e serviços especializados, devido aos sucessivos descredenciamentos e à má distribuição da rede. A FUP ressaltou que um dos principais motivos de descredenciamento é o excesso de burocracia no pagamento dos conveniados, o que está diretamente relacionado ao sistema de operacionalização da AMS, que está sob responsabilidade da GAMA/CRC.
As direções sindicais cobraram uma apresentação detalhada desse contrato, com um relatório de serviços, procedimentos e atendimentos que vem sendo executados pela operadora.

Além dos problemas relativos à qualidade da AMS, foram debatidos na reunião o custo e custeio da assistência médica e a inadimplência dos beneficiários, devido, principalmente, ao comprometimento da sua renda, decorrente do arbitrário equacionamento do Plano Petros 1, imposto pela Petros.
Ficou definido que, mensalmente, os representantes da Petrobrás irão encaminhar à Comissão de AMS as informações referentes ao custo e custeio do benefício.
Quanto às demais questões cobradas pela FUP, os representantes da empresa irão responder na próxima reunião da Comissão, que está prevista para o dia 25 de abril, bem como, fazer uma apresentação detalhada sobre o contrato com a empresa GAMA/CRC.
[FUP]

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