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Entrega dos campos maduros acelera desmonte da Petrobras

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Assembleias decidem sobre indicativo de greve
A ANP autorizou a Petrobras a paralisar por um ano pelo menos 16 plataformas e 14 campos maduros no
Nordeste e no Espírito Santo. A empresa requisitou também a interrupção de outras nove unidades na região,
onde já estão em processo de privatização 104 áreas de produção terrestre. No último dia 05, a companhia
havia anunciado que nove campos marítimos do Ceará e Sergipe também serão colocados à venda.
Os campos maduros são, portanto, a bola da vez dos entreguistas, que aceleram a passos largos o desmonte
da Petrobrás. Por isso, uma das principais deliberações da 6ª Plenária Nacional da FUP foi a realização em
agosto de uma greve por tempo determinado, encabeçada pelos sindicatos do Nordeste, região que já sofre
os graves impactos dos desinvestimentos da estatal. O indicativo está sendo submetido às assembleias.
O desmonte dos ativos da empresa no Nordeste impactará vários municípios do interior da Bahia, Rio Grande
do Norte, Ceará, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, assim como o Norte Capixaba, cujas economias são
movimentadas pelos investimentos da Petrobras. Além dos problemas sociais e econômicos, a privatização
dos ativos da empresa terá reflexos também nas condições de trabalho, precarizando ainda mais um setor
que já sofre com a insegurança.
Com a paralisação das plataformas e outras unidades de produção, centenas de prestadores de serviço estão
sendo demitidos, aumentando o caos social. Os petroleiros próprios que estão perdendo ou na iminência de
perder os seus postos de trabalho são submetidos a transferências abruptas para outros estados, muitas
vezes com direitos rebaixados e ameaças de demissão.
E isso é apenas o começo. A cena se repetirá em outras unidades do E&P, na Transpetro, no Gás e Energia,
nas refinarias e em todo o Sistema Petrobras, pois o objetivo dos entreguistas é quebrar a integração da
empresa, vendendo-a em pedaços, a preço de banana.
Se não houver reação dos trabalhadores e da sociedade, a Petrobras será esquartejada. E na luta contra o
desmonte e a entrega do Pré-Sal, resistir à venda dos campos maduros é tarefa número um dos petroleiros
nesse momento.
 
Calendário de lutas:
 12 a 21 de julho: assembleias nas bases dos campos maduros terrestres para deliberar greve por
tempo determinado em agosto;
 18 de julho: Audiência Pública na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte;
 18 de julho: Encontro das assessorias jurídicas dos sindicatos da Bahia, RN, ES, CE e RN, em
Natal;
 19 de julho: Seminário de greve em defesa dos campos maduros, em Natal;
 25 de julho: reunião preparatória da FUP sobre pendências do acordo coletivo, na CUT/RJ;
 26 de julho: reunião com o RH da Petrobrás para discutir pendências do ACT 2015/2017;
 26 de julho: Ato Nacional nas bases da FUP;
 27 a 29 de julho: Seminário de Planejamento de campanhas, em SP;

Agosto: greve por prazo determinado nos estados com campos maduros terrestres. Mobilizações
em todas as bases da FUP em apoio à luta por uma Petrobrás integrada;
 05 a 07 de agosto – 2º Encontro Nacional dos Trabalhadores da Transpetro, em Salvador.
 
Fonte: FUP

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