Para presidente da CUT, MP vai gerar mais desregulamentação do trabalho, diminuir a participação da renda dos trabalhadores no PIB nacional e é um ataque à organização sindical
A Medida Provisória (MP) nº 881, conhecida como MP da Liberdade Econômica, foi duramente criticada pelo presidente da CUT Vagner Freitas. Em entrevista ao blog do jornalista Leonardo Sakamoto, nesta quarta-feira (17), Vagner disse que, além de não gerar empregos de qualidade nem trazer liberdade econômica, a MP é uma tentativa de arrebentar a estrutura de respeito aos direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras.
“A MP 881 fala de modernidade, mas o que ela faz na realidade é tentar arrebentar com o arcabouço de respeito a direitos dos trabalhadores. Você pode constituir um negócio e não ter fiscalização dos órgãos públicos, não seguir o regramento do descanso semanal, não gerar empregos de qualidade “, afirmou Vagner ao jornalista.
Para o presidente da CUT, se este projeto for aprovado, empresários sérios que seguem as leis trabalhistas atuais, também serão prejudicados por causa da “concorrência predatória de novos atores que não se preocupariam em gastar recursos com a proteção da qualidade de vida da mão de obra se a demanda não for obrigatória”.
“Isso vai gerar mais desregulamentação do trabalho, diminuir a participação da renda dos trabalhadores no PIB nacional e é um ataque à organização sindical, por abrir a possibilidade de contratos regidos pelo Direitos Civil e não pela CLT”.