Desde a greve vitoriosa dos/as petroleiros/as, em 2015, temos combatido as diversas formas de assédio nas unidades capixabas.
Denúncias acerca dos assédios na Plataforma P-57 têm chegado ao Sindipetro-ES. Mesmo após a mudança de gerência, em decorrência das denúncias de trabalhadores/as e em resposta às mobilizações organizadas pelo sindicato, os/as petroleiros/as voltaram a ser constrangidos/as e perseguidos/as no ambiente de trabalho.
As novas denúncias referem-se a abusos de autoridade da atual gestão da Plataforma P-57. Recentemente, petroleiros/as foram trocados/as de local, sendo obrigados/as a trabalhar, agora, na Plataforma P-58. A mudança foi feita de forma autoritária, assediante e sem o devido diálogo com os/as trabalhadores/as.
Por questionarem algumas imposições da gestão, não concordando em executar algumas tarefas que fugiam dos padrões da empresa, pondo em risco a vida dos/as trabalhadores/as e, consequentemente, de toda a unidade, os/as petroleiros/as estão sendo punidos/as com a troca de local de trabalho, inclusive com ameaças de serem enviados/as para unidades fora do Espírito Santo.
“Esse tipo de atitude gera um clima péssimo, para quem atua nas duas plataformas. Estão todos/as sentindo-se coagidos/as com essa alteração. O sindicato vai reagir a essa decisão, em defesa dos/as trabalhadores/as assediados”, afirma o diretor de Administração do Sindipetro-ES, Fábio Velten.
Até o momento, o sindicato tem conhecimento de pelo menos três casos de assédio. Quem souber de novos abusos pode procurar e comunicar a informação para a diretoria do sindicato. “Vamos nos organizar e nos mobilizar contra esse tipo de decisão da gestão da Plataforma P-57”, reforça Velten.
O Sindipetro-ES repudia essa atitude. E vai se mobilizar, novamente, contra os assédios. Lembrando que o sindicato já fez com que vários/as gerentes fossem transferidos/as ou chegassem a perder seus cargos depois de serem denunciados/as por práticas de não conformidades, arbitrariedades, desmandos ou assédio moral. Um deles atuava justamente na P-57 e, após mobilização do sindicato com os/as petroleiros/as, foi realocado. Hoje, o setor onde está segue com baixa ambiência.
O sindicato segue acompanhando e denunciando todos esses/as assediadores/as contumazes e não aceitará que façam mais vitimas. Vamos exigir uma reunião com a gerência geral da UO-ES, e também com o setor de RH, para que tomem conhecimento dos ocorridos e, dessa forma, as devidas providências.