Segundo apurado pela diretoria do Sindipetro-NF, por volta das 14:30 do último domingo (25), o Trabalhador mecânico Sandro morreu em um acidente na plataforma PNA-2. O acidente fatal ocorreu quando o petroleiro fazia manutenção em um Guindaste. Funcionário da empresa RIP Kaeter, Sandro morava em Marataízes (ES), era casado e deixa um filho. Estão em Macaé a esposa, um irmão e um cunhado do petroleiro.
O coordenador geral do Sindipetro-NF, Tezeu Bezerra, deve embarcar ainda hoje na plataforma PNA-2, na Bacia de Campos, para atuar na comissão que investiga o acidente que causou a morte. “Basta de acidentes na Bacia de Campos, não podemos aceitar mais um petroleiro morto impunemente, estaremos fazendo todas análises para que não tenhamos mais que chorar a morte de nenhum trabalhador ou trabalhadora ” afirmou Bezerra.
O Sindipetro-NF prioriza o tema da segurança no trabalho em sua atuação e denuncia há anos a precarização das condições de atuação dos petroleiros, especialmente daqueles que estão empregados em empresas do setor petróleo privado, que são as vítimas mais recorrentes de acidentes.
Uma das conquistas do sindicato na luta contra a insegurança do trabalho é justamente a participação de um representante da entidade nas comissões de investigação dos acidentes. Para Bezerra, esta presença é particularmente importante neste momento, quando os trabalhadores estão ainda mais vulneráveis.
Passadas mais de 24 horas da morte do petroleiro Sandro Ferreira da Silva, 43 anos, na plataforma PNA-2, na Bacia de Campos, o corpo do trabalhador será levado para a familia apenas hoje. De acordo com informações apuradas pelo Sindipetro-NF junto à Petrobrás, a retirada do corpo do local do acidente é uma operação delicada, em razão da altura de dez metros do piso da plataforma e do difícil acesso. O trabalho será feito por uma equipe especializada dos bombeiros.
Além da dor da família, que aguarda pelo corpo em Macaé, o sindicato registra o grande abalo psicológico sofrido pelos colegas trabalhadores a bordo de PNA-2. Para estes, a entidade orienta que solicitem, se julgarem necessário, o desembarque.
O sindicato também mantém o apelo para que os petroleiros enviem para a entidade qualquer informação que possa contribuir na elucidação das causas do acidente (denuncia@sindipetronf.org.br ou pelos telefones da diretoria).
Para todos os demais trabalhadores, segue o alerta constante para que utilizem o Direito de Recusa ao trabalho que não garanta a segurança necessária (Item 11.9 do Anexo 2 da Nr 30).