Diretores do Sindipetro-ES realizaram um atraso hoje pela manhã no Tavit contra a entrega da Petrobrás, além de entregarem a pauta de reivindicações aos diretores. Eles conversaram com a categoria sobre a solicitação de prorrogação da validade das cláusulas do ACT e fizeram campanha para a candidata ao CA da Transpetro, Fabiana.
Na pauta de reivindicações 2017/2019, a categoria exige aumento real de 2,7% nos salários e a manutenção de todas as cláusulas do Acordo Coletivo de 2015/2017.
Sindipetro-ES, FUP e sindicatos protestam na sede da Petros
A diretoria do Sindipetro-ES esteve presente em um ato em frente à sede da Petros, no Rio de Janeiro. Aposentados, pensionistas e participantes do Plano Petros-1 de todo o país se juntaram à FUP e seus sindicatos, nesta quinta-feira, 17, em protesto contra o equacionamento do déficit de 23 bilhões.
Entre os diretores, estiveram o coordenador-geral Paulo Rony, a secretária de comunicação, Priscila Patrício, os secretários de aposentados e pensionistas, Sebastião Guilhermino e Telma Matos, e o conselheiro fiscal Adão Luiz de Souza.
Representantes da FUP e dos sindicatos se reuniram com o Conselho Deliberativo e diretoria da Petros. O coordenador da Federação, José Maria Rangel, deixou claro que os petroleiros não vão pagar esse déficit, resultado dos problemas criados pela própria Petrobrás e suas patrocinadoras e que pode gerar um grande impacto negativo aos mais de 70 mil beneficiados.
“Há muitos anos, nosso fundo tem problemas estruturais graves, pois foi criado para que os baixos salários financiem as altas aposentadorias. Ou seja, uma pequena parcela dos assistidos acaba sendo beneficiada e todo o coletivo pago. Temos a consciência de que o plano necessita de novos aportes, mas não pode ser penalizando os assistidos e participantes”, afirmou o coordenador aos aposentados, pensionistas e participantes do Plano Petros-1.
Após ouvir a representação das entidades sindicais, o presidente do Conselho Deliberativo da Petros anunciou que a decisão sobre o equacionamento do déficit não será tomada hoje. Uma vitória da mobilização e do diálogo!
O Plano Petros
Durante décadas, os gestores da Petros mascararam os déficits para fazer parecer que o plano era sustentável. Foram utilizadas premissas atuariais defasadas e até mesmo falsas, distorcendo o cálculo dos benefícios que o plano teria que pagar no futuro e reduzindo as contribuições que a Petrobrás e demais patrocinadoras deveriam fazer para o PP-1.
O problema se agravou após as mudanças na legislação previdenciária ocorridas em 1998, no governo FHC, através da Emenda Constitucional 20. A FUP foi a única entidade que se manifestou perante os órgãos regulamentadores, denunciando que o déficit do PP-1 não estava registrado contabilmente. A Federação entrou com uma Ação Civil Pública na Justiça cobrando o pagamento das dívidas.