A direção do Sindipetro-ES sempre preocupada com as questões de SMS (Saúde, Meio-ambiente e Segurança) dos petroleiros capixabas, na última semana solicitou a Petrobrás e a Transpetro para que realizassem a imunização contra a febre amarela dos empregados próprios e terceirizados que laboram em suas instalações no Espírito Santo. A empresa ainda não respondeu formalmente à solicitação. Tivemos apenas conhecimento de que a empresa entrou em contato com as prefeituras da Grande Vitória, para viabilizar a vacinação dos trabalhadores e que até a data de ontem não haviam chegado a um acordo.
Mesmos para os trabalhadores de área portuária, onde existe exigência legal para que sejam vacinados, a empresa ainda não conseguiu ou não se preocupou em disponibilizar a vacina.
Percebe-se que existe um descaso da gestão local em relação à saúde e segurança dos empregados. Um exemplo foi a morosidade para liberar os trabalhadores nos dias de crise da segurança pública capixaba, o que só foi feito após intervenção do sindicato que procurou atender o pleito dos trabalhadores zelando por sua integridade física.
Lembramos ainda que algumas empresas da Grande Vitória já tomaram a iniciativa de vacinar seus empregados em parceiras com as prefeituras. A Petrobrás mais uma vez demonstra atraso na tomada de decisões e descaso com a saúde e bem-estar dos trabalhadores.
Plano de desinvestimento atinge a saúde ocupacional dos trabalhadores da Transpetro
Outro fato grave é o encerramento do contrato de saúde ocupacional da Transpetro que foi encerrado em fevereiro e até o momento não há previsão de renovação desse serviço essencial para o trabalhador. O contrato contemplava um médico do trabalho e duas técnicas de enfermagem e agora há apenas um médico próprio para atender mais de 200 empregados da Transpetro no Espírito Santo. Além disso, falta até secretária para agendamento do atendimento ambulatorial.
Felizmente, após mais de um ano sem o serviço de atendimento a emergências no TNC (Terminal do Norte Capixaba) e no TABR (Terminal de Barra do Riacho) e com várias solicitações da Sindipetro-ES para que o serviço de atendimento a emergências fosse retomado imediatamente, fomos informados que um novo contrato já foi assinado e o serviço com ambulâncias será implantado ainda este mês de março. O Sindipetro-ES também irá cobrar e tomar as medidas cabíveis para que o atendimento de saúde ocupacional seja normalizado o mais rápido possível.
Em julho de 2015, houve um acidente no TABR que culminou com a morte de dois trabalhadores contratados, e justamente após esse fato é que foi implantado o serviço de atendimento a emergências e resgate no TNC e TABR.
Serão necessárias mais mortes para que a Petrobrás mude sua gestão equivocada de segurança?