Aqui vai um exemplo muito claro do que significa a privatização no setor de Petróleo e Gás?
Os trabalhadores da empresa RCS, que possui um contrato de operação do Polo Cricaré, polo este adquirido pela Seacrest estão trabalhando em condições extremamente inseguras.
O operador de campo além de trabalhar as 12 horas, que é o seu horário de trabalho, ainda têm que dirigir uma hora e meia no trajeto casa-trabalho-casa.
Além disso, o trabalhador ainda está sendo o responsável pela condução também de seus colegas de trabalho, sem qualquer compensação. Além disso, a segurança do trajeto é uma reclamação constante dos trabalhadores, bem como as condições de trabalho. O risco é de acidente a qualquer momento.
Para piorar, a empresa também não está cumprindo o acordo coletivo com o Sindipetro-ES, não pagando os adicionais que deveria. O Sindipetro-ES já notificou a empresa e, em reunião, já cobrou da empresa soluções para os problemas apontados, mas até o momento nem RCS, nem a Seacrest o fizeram.
A Seacrest, para piorar, ainda disse que não deseja se envolver e não está preocupada com a segurança. O que é absurdo, pois a empresa é a responsável pelo contrato.
E por que dizemos que esse é um exemplo claro da privatização no setor? Porque a Seacrest é exatamente a empresa que comprou campos da Petrobrás.
Enquanto a Petrobrás atuava no Polo Cricaré, nenhum desses problemas acontecia. Foi só privatizar e a precarização do trabalho aparece por todos os lados.
O Sindipetro-ES irá tomar medidas cabíveis antes que uma tragédia aconteça aos trabalhadores.