Nos últimos sete anos, o Espírito Santo vem sofrendo uma queda significativa na produção industrial. Dados da Pesquisa Mensal da Indústria, apresentados na Coluna Econômica de Luis Nassif, no jornal GGN, mostram uma redução de 45,53% quando comparados os anos de 2015 e 2022. Esse é o pior resultado do país! E o abismo industrial capixaba está diretamente ligado à saída da Petrobrás do Espírito Santo.
Dos 15 estados medidos pela pesquisa, que é realizada mensalmente pelo IBGE – sendo chamada de Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) –o Espírito Santo também tem os piores números quando a comparação é feita no intervalo de um ano, entre julho de 2021 e julho de 2022. O estado capixaba tem uma queda de 10,77% na produção industrial.
“A desindustrialização do Espírito Santo segue em passos largos após a destituição do governo legítimo de Dilma Rousseff. Se hoje somos o estado com o pior desenvolvimento industrial do país é porque esse fato está diretamente relacionado à saída da Petrobrás de terras capixabas”, argumenta o diretor da Secretaria de Comunicação e Imprensa do Sindipetro/ES, EtorySperandio.
Segundo o diretor, oSindipetro/ES vem denunciando o desmonte da Petrobrás durante todo esse tempo. “Há quem não queira escutar esse barulho, mas os números não mentem: as privatizações promovidas pela Petrobrás no Espírito Santo não suportaram o desempenho industrial. Não há investimentos privados suficientes para fazer o estado avançar. Essa é mais uma falácia das privatizações que cai por terra”, pontua Sperandio.
As privatizações efetivadas pela Petrobrás nesses últimos anos, tanto no Espírito Santo quanto em outros estados brasileiros, estão diretamente interligadas a uma política de desinvestimento promovida pela empresa. Segundo a diretoria do Sindipetro/ES, a Companhia adotou a estratégia de reduzir os investimentos e a produção em suas unidades, forçando a venda de seus ativos para as empresas privadas.
Essa decisão resultou num efeito dominó, com o desinvestimento da Petrobrás causando as reduções em toda a cadeia produtiva da indústria no Espírito Santo. Situação que ficou ainda pior após o Governo Federal, na gestão de Jair Bolsonaro,abandonar o projeto de abertura da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafens) em Linhares. Um investimento que empregaria cerca de 1 mil funcionários diretos e ainda aqueceria a indústria local.
“Nós continuaremos firmes em nosso propósito de proteger o patrimônio da Petrobrás, que é de todos nós, e os nossos empregos. Recentemente, nosso trabalho foi fundamental e contribuiu para impedir a venda do campo de Albacora. Essa foi apenas a nossa primeira vitória. Outras mais virão”, acentua Sperandio.
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