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ACT, eleições e venda de ativos: confira a fala de Deyvid Bacelar na abertura do 31º Congrepes

Durante o primeiro dia do 31° Congresso Estadual dos Petroleiros do Espírito Santo (Congrepes), iniciado nesta quinta-feira, dia 24 de março, o coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP) falou aos participantes e às participantes do evento sobre o ACT, destacando os principais pontos para serem debatidos durante o Congresso. Ressaltando a relevância do ano de 2022 para o futuro da Petrobrás, Bacelar também lembrou à categoria sobre a necessidade de se discutir sobre as próximas eleições e o rumo que queremos para o Brasil nos próximos anos.

Assista ao primeiro dia do 31º Congrepes >> https://www.youtube.com/watch?v=Fqb8CZPPN9o

Em sua fala, Deyvid Bacelar chamou a categoria para a importância das etapas de construção de um novo Acordo Coletivo de Trabalho. Puxado pelo tema “O ACT começa agora!”, Bacelar chamou a atenção de todos e todas para alguns temas que ele sugere para serem debatidos durante o 31º Congrepes.

Além de alertar sobre o momento que a categoria vive, em especial para os próximos meses – com destaque para o período entre julho e setembro deste ano, quando serão efetivadas as negociações coletivas com a Petrobrás – o coordenador geral da FUP também pontuou sobre a importância dos debates referentes às negociações coletivas com as empresas privadas, assim como das negociações direcionadas aos/às aposentados/as e pensionistas.

ACT

Dentro da negociação coletiva que será feita com o Sistema Petrobrás, Bacelar recordou das dificuldades apresentadas, por parte da direção da empresa, nos últimos anos. “Desde 2015 tivemos uma série de problemas e que se agravaram, ainda mais, de 2016 para cá. Perdemos direitos conquistados e tivemos, até, o congelamento do salário. Para este ano, queremos resolver as situações que vêm sendo enroladas desde 2019, como os assuntos relacionados à hora de troca de turno, ao banco de horas, ao tele trabalho – algo que é recusado pela direção da Petrobrás – e, também, sobre o efetivo, que em algumas unidades operacionais precisa de um olhar cuidadoso de nossa parte. São quatro pontos que precisam ser avançados”, alertou.

Outro ponto que, segundo Bacelar, também preocupa muito a FUP e a toda categoria, em especial aos/às e pensionistas, é a AMS. “Não podemos sair dessa negociação sem resolver esses problemas. Atualmente, temos vários aposentados com contracheques zerados. Trabalhadores e trabalhadoras que laboraram durante 35 a 40 anos, mas que estão (com os contracheques) zerados. Isso porque a atual gestão da Petrobrás age de forma criminosa contra essas pessoas, que demandam mais do plano de saúde. Teremos negociações conturbadas, difíceis, e precisamos sinalizar que precisamos avançar em alguns temas, principalmente com uma inflação que corrói nossos salários, principalmente com um aumento sucessível dos preços dos combustíveis”, pontua o coordenador geral da FUP.

Ativos e Eleições 2022

Mas, mesmo com o ACT apresentado como prioridade para a categoria, Bacelar avalia que há outros dois temas que precisam fazer parte das conversas e dos diálogos dos petroleiros e das petroleiras. Um deles abrange as discussões sobre o fatiamento e a privatização da Petrobrás. Só para 2022, estão previstas as vendas de mais 34 ativos da empresa, além dos que já foram apresentados ao mercado, a exemplo das unidades localizadas na região Norte do Espírito Santo.

“Temos que ir à luta contra essas vendas, seja por meio de ações judiciais, seja em negociação no Congresso Nacional, seja na mobilização da categoria para fortalecer essa luta. Temos que promover a resistência, trabalhando esses movimentos e vislumbrando o processo eleitoral que teremos em outubro deste ano”, alertou Deyvid Bacelar.

Sobre as eleições, segundo tema que precisa estar na agenda do petroleiro e da petroleira, segundo o coordenador geral da FUP, Bacelar argumentou que a luta de 2022 também será contra o fascismo, e que essa luta é fundamental. “É importante que, neste congresso, também seja discutido como nós, petroleiros, podemos atuar nessa campanha que já inicia”, reforçou.

Organização popular

Segundo ele, é preciso organizar a população. “Nossos sindicatos vêm fazendo isso desde o começo da pandemia, em especial com projetos sociais e de apoio às comunidades. Essas lideranças comunitárias precisam estar organizadas, sendo necessária nossa participação nos Comitês Populares de Luta. Quando ganharmos, e ganharemos, teremos que estar com o povo organizado, em processo social, para pressionar o governo ao máximo para a esquerda”, afirmou Bacelar.

Por último, ele apontou a importância de se iniciar um processo de reconstrução do Brasil, também observando o setor de energia e de petróleo e gás. “As propostas que saíram da última PlenaFUP podem ser melhoradas para este ano, atualizando o material e contribuindo com o programa de governo de reorganização e de reconstrução do nosso país”, pontuou.

A X PlenaFUP deve acontecer entre o final de abril e início de maio de 2022. A eleição para delegados e delegadas que vão representar a categoria de petroleiros e petroleiras que atuam no Espírito Santo será realizada durante o 31º Congrepes, no último dia do evento, previsto para este sábado, dia 26 de março.

Confira aqui o texto sobre a abertura do 31º Congrepes.

Confira aqui o texto sobre a mesa “Sindicalistas e Parlamentares juntos na Defesa da Soberania Nacional”.

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