Investigação conduzida por especialistas apontou uma série de irregularidades, omissões e descumprimento de obrigações ambientais essenciais, quando a refinaria ainda estava sob a exclusiva gestão da Petrobrás.
Isso não nos surpreende.
Quem acompanha de perto o mercado sabe muito bem que a preocupação ambiental é muito maior no caso das empresas estatais.
O motivo é muito simples: a busca incessante pela maximização do lucro a todo custo. Isso explica a total falta de controle interno e de transparências para práticas ambientalmente criminosas, afinal, vale a pena passar por cima de absolutamente qualquer tipo de diretriz de proteção ambiental se isso significar aumento nos lucros e dividendos.
Quer exemplo melhor que o crime da Vale em Brumadinho?
Sobre a RLAM, o advogado especialista em direito ambiental, Celson Ricardo Carvalho de Oliveira, ressalta que o levantamento dos passivos ambientais realizados a partir de denúncias internas encaminhadas à Federação Única dos Petroleiros (FUP) e ao Sindipetro Bahia chama a atenção pela gravidade dos passivos em curso e potenciais.
“Desde a existência de um lixão industrial (com área equivalente a 27 campos de futebol em plena APP) ao inadequado descarte de fonte radioativa (desconhecida), passando pelo deficiente funcionamento da URE (Unidade de Recuperação de Enxofre) e ilícita utilização da abandonada Fábrica de Asfalto, é possível visualizar no caso concreto o mais absoluto senso de impunidade das companhias rés, em detrimento dos mais relevantes princípios e preceitos relacionados à seara constitucional ambiental”, destaca o advogado.
Com informações da FUP.