O que justifica uma empresa com capital social informado de quase R$ 6 milhões (R$ 5.935.838,00) ganhar a disputa com outras empresas para operacionalizar 34 campos maduros de produção de petróleo com valor estimado de R$ 1,8 bilhão, ou seja, mais de 300 vezes maior que seu capital social? Nem mesmo o secretário executivo da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo (ABPIP), Anabal Santos, sabe.
Mas é isso o que a 3R Petroleum tem feito pelo Brasil. O último exemplo aconteceu no pólo de produção de petróleo do Riacho da Forquilha, no Rio Grande do Norte. Um processo tão esquisito que Anabal Santos, ao ser questionado sobre o processo que deu origem à escolha da 3R Petroleum como a beneficiada com a cessão dos campos, deixou bem claro que o processo foi “mal conduzido”.
“Nós alertamos a Petrobras diversas vezes. Não nos parece razoável que uma empresa faça uma oferta 300 vezes maior que seu patrimônio. É um valor muito elevado”, frisou ao site Tribuna do Norte. Mesmo assim a Petrobrás levou adiante o processo que está prestes a ser concretizado.
Como uma empresa com capital social tão pequeno pode ter tanta força no mercado capaz de conseguir passar à frente de seus concorrentes na compra de tantos pólos produtores de petróleo Brasil afora? Será que isso tem a ver com o fato de que o Banco BTG Pactual (fundado por Paulo Guedes) é o formador de mercado da empresa 3R Petroleum? Se pudermos apostar uma ficha, diríamos que tem MUITA treta nessa história.
Sindipetro/ES em ação!