Durante uma coletiva de imprensa realizada na última quarta-feira, 18, o ministro da Saúde declarou que haverá a terceira dose da vacina contra a Covid-19, aplicada como reforço vacinal. Os primeiros a terem a dose extra garantida são os idosos e profissionais da saúde.
A prioridade a este grupo será dada através do Plano Nacional de Imunização (PNI) que os classificou como principal grupo de risco e de atuação na linha de frente em combate à Covid-19. Mas por hora, é apenas isso que se sabe sobre a terceira dose do imunizante.
Ainda não há previsões exatas sobre o início desta nova etapa. Novas deliberações dependem da publicação de dados científicos mais precisos quanto à necessidade e eficácia de uma terceira dose da vacina.
Na oportunidade, o ministro da Saúde declarou que o intuito desta ação é se precaver da variante Delta que já circula pelo Brasil.
Esses estudos já estão sendo realizados desde o final do mês de julho cogitando o uso da CoronaVac nesta etapa. No entanto, o Ministério da Saúde também tem estudado uma nova possibilidade, a de utilizar o imunizante chinês, Sinovac, produzido no Instituto Butantan, será a escolha para a aplicação da terceira dose.
Marcelo Queiroga explicou que, “ainda não há evidência científica sólida de como deve ser. Se deve ser o mesmo imunizante, outro, e qual o momento de fazer isso”.
Por outro lado, alguns especialistas possuem opiniões distintas quanto à necessidade de aplicar uma terceira dose da vacina contra a Covid-19 ou se concentrar na imunização de novas pessoas.
Esta divergência foi evidenciada em um estudo ministrado pelo pesquisador da Fiocruz, Julio Croda, que apontou a baixa eficácia da CoronaVac, sobretudo, em idosos, gerando a necessidade de um reforço vacinal.
Alguns países realizaram estudos neste mesmo sentido, os quais indicaram a redução drástica na eficácia em algumas semanas a partir da aplicação da segunda dose da vacina.
Estes mesmos especialistas ressaltam a importância dos adolescentes também serem incluídos no grupo prioritário do reforço vacinal tendo em vista a facilidade de disseminação do vírus que esses jovens possuem.
Vacinação Covid-19 Brasil
Dados apurados pelo consórcio de veículos de imprensa nesta quinta-feira, 19, apontaram que uma em cada quatro brasileiros já tomaram a segunda ou dose única da vacina contra a Covid-19. Até o momento, 25,24% da população brasileira já foi imunizada, o que equivale à aplicação de 53.437.018 doses da vacina.
No que compete exclusivamente à aplicação da primeira dose do imunizante, 120.228.060 já iniciaram o esquema vacinal, ou seja, 56,78% da população brasileira. Fazendo a soma da primeira, segunda e dose única, já foram aplicados 173.665.078 imunizantes desde o início da campanha de vacinação no Brasil.
Os estados brasileiros cujo calendário de vacinação está mais avançado com a conclusão do esquema vacinal são: Mato Grosso do Sul com 39,55%, São Paulo com 31,24%, Rio Grande do Sul com 31,22%, Espírito Santo com 27,64% e Santa Catarina com 25,73%.
Por outro lado, se tratando da primeira dose, estão à frente: São Paulo com 69,63%, Rio Grande do Sul com 61,74%, Mato Grosso do Sul com 20,26%, Paraná com 58,89% e Santa Catarina com 58,71%.
Registros de Covid-19 no Brasil
Nas últimas horas, 1.030 mortes causadas pela Covid-19 foram registradas por todo o Brasil. Este número foi integrado à soma geral desde o início da pandemia, totalizando em 572.733 óbitos.
Este último levantamento elevou a média móvel de mortes dos últimos setes dias para 821. Do total de óbitos recentes, 41 foram confirmados para a variante Delta, além de outros 1.020 casos da variante registrados no Brasil até o dia 16 de agosto.
Se tratando de casos confirmados desde o início da pandemia da Covid-19, 20.494.014 já testaram positivo para a Covid-19. A média móvel foi de 29.895 diagnósticos diários. Na pior curva em 23 de junho, esta média atingiu 77.295 casos diários.