Precisou de uma “quase” tragédia anunciada para a gerência acatar a solicitação do Sindipetro-ES em adiar a parada programada da P-58, que estava prevista para o início de abril. Há um novo surto de Covid-19 na plataforma, o que já tinha sido denunciado pelo Sindicato.
Para realizar a parada programada da plataforma, um navio “Flotel” fica ancorado ao lado da P-58 para que sejam realizadas uma série de serviços, a exemplo de pintura e troca de linhas e de equipamentos. Dessa forma, a População a bordo da Plataforma (PAP) chega a subir de 120 a 130 pessoas para até 500 trabalhadores/as. Em meio a um surto de Covid-19, realizar essa parada, com tantos trabalhadores confinados, poderia ocorrer uma tragédia.
Além da postergação da parada programada, esperamos que os trabalhos não essenciais, que ainda estão ocorrendo a bordo, também sejam paralisados. Enquanto isso, todas as medidas cabíveis e possíveis estão sendo tomadas pelos diretores do Sindipetro-ES para garantir o atendimento e o acompanhamento dos/das trabalhadores/as.
Casos de contaminação pelo novo coronavírus também estão sendo confirmados na plataforma P-57, e o mesmo sendo registrado em unidades terrestres da Petrobrás. Isso mostra que os protocolos adotados pela empresa são falhos e os/as trabalhadores/as estão correndo risco iminente.
O Sindipetro-ES vem cobrando a redução das equipes nas Unidades, mas a covardia e a ganância de alguns gestores em bater as metas impedem o bom senso e a responsabilidade com os/as trabalhadores/as.
O descaso ocorre, também, quando esses/as trabalhadores/as são isolados/as, ficando sem assistência adequada. E quando são internados, não existe um único profissional da Petrobrás para acompanhar.
O Sindipetro-ES denunciou todos esses atos ao Ministério Público. E continuaremos acompanhando e denunciando cada gestor que colocar a segurança do trabalhador em risco.
SINDIPETRO-ES EM AÇÃO!