Como exposto pela Petrobrás em seu “Programa de Resiliência”, os gestores da Companhia não terão cortes em seus salários, apenas uma postergação de seus vencimentos. De fato, eles estão trabalhando diuturnamente: são incansáveis nos ataques contra os trabalhadores e no desmonte da maior empresa do país. Enquanto os trabalhadores são empurrados para uma redução forçada de salários e jornadas, os gestores continuam sua rotina desenfreada de vendas de ativos estratégicos, cortes de investimentos e redução de pessoal.
Sem sequer respeitar um dos principais feriados religiosos do país, os gestores da Petrobrás decidiram comunicar, em plena Semana Santa, uma série de medidas que envolvem desde a hibernação de plantas e atividades até a parada de produção de alguns Ativos de Produção. Certamente essa Páscoa será de muita tristeza e desalento para um grande número de trabalhadores afetados por essas mudanças.
Na Bahia, será hibernada a sonda de perfuração SC-109. Em Alagoas e Sergipe as sondas de perfuração SPT-34, SPT-35, SPT-54, SPT-55 e SPT-59 também vão parar. Soma-se a isso todos os Ativos de Produção de águas rasas e as Unidades de Arame. No Rio Grande do Norte serão hibernadas as instalações de Construção de Poços Terrestres, as sondas de perfuração SC-86, SC95, SC-117 e as Unidades de Arame. Além disso, serão paralisadas também as atividades de 25 plataformas marítimas (Agulha 1 e 2; Arabaiana 1; Aratum 1 e 2; Pescada 1A, 1B e 2; Ubarana 1 a 15; Oeste de Ubarana 1; Cioba P1). Na Bacia de Campos outras seis plataformas terão suas atividades suspensas (P-09, Cherne 1 e 2, Garoupa, Namorado 1 e 2). Um desmantelamento sem precedentes na história da Petrobrás.
No Espírito Santo, o Ativo de Jubarte terá sua produção reduzida em 100 mil barris diários e os campos terrestres do Norte Capixaba também poderão sofrer cortes e hibernações. Nenhum Ativo está a salvo da gana privatista. No caminho inverso das recomendações sobre a manutenção dos postos de trabalho durante a pandemia da COVID-19, os gestores da Petrobrás continuam dilapidando seus quadros e gerando incertezas para milhares de trabalhadores. É para isso que a atual gestão não pode parar?
O Sindipetro-ES se solidariza com todos os trabalhadores afetados e tomará todas as medidas cabíveis para a preservação dos empregos. Seguiremos firmes na luta por uma Petrobras forte e compromissada com seus quadros e com a sociedade.