Conseguimos! A greve foi aprovada pela categoria, que se organizava para iniciar o movimento paredista à zero hora do dia 26 de outubro. Tudo organizado, até que o Tribunal Superior do Trabalho (TST) acatou as propostas apresentadas pela federação e pelos sindicatos, enviando o parecer um dia antes do início das paralisações.
É preciso reconhecer que os pontos acatados pelo TST são uma vitória histórica para nossa categoria. Em assembleias, realizadas entre os dias 26 e 31 de outubro, nossa categoria aprovou a assinatura do Acordo Coletivo e a suspensão da Greve. E, ainda, caso a Petrobrás não aceite a proposta do ACT, estamos dispostos a retomar o movimento paredista.
Resultado final das assembleias (26 a 31 de outubro)
Pauta 1: Proposta TST
Aprova: 856 votos (90%)
Contra: 69 (7%)
Abstenções: 21 (3%)
Pauta 2: Greve, caso a Petrobrás não acate ao acordo TST
Aprova: 443 votos (47%)
Contra: 392 (42%)
Abstenções: 99 (11%)
Confira nossas conquistas
> Reajuste da AMS pelo índice VCMH, a partir de março de 2020, limitando em 30% a participação dos trabalhadores no custeio do plano.
> Garantir que a implantação do turno de 12h nas bases de terra seja feita somente mediante negociação regional entre a Petrobrás e os sindicatos.
> Limitar as horas extras a 2h por jornada; o excedente terá 50% pagos e o os outros 50% destinados ao banco de horas; criação de um Grupo de Trabalho Paritário para definir limites do banco de horas.
> Incorporação da cláusula que já consta no ACT da Transpetro sobre recolhimento e repasse das mensalidades sindicais.
> Compromisso do TST em manter o mesmo teor da proposta de Acordo Coletivo para as subsidiárias e Araucária Nitrogenados.
Assembleias no ES ainda mostram a força da categoria
Outubro foi um mês histórico, de luta e de muito diálogo. Foram mais de 30 assembleias realizadas, em dois momentos, atendendo aos trabalhadores de todas as unidades do Espírito Santo. Nossa categoria mostrou que segue unida, em defesa de todos os nossos direitos e em luta por um Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) que garanta nossa profissão. Reconhecemos que não alcançamos tudo que lutávamos, mas avançamos nas negociações e isso é uma vitória, merece ser reconhecida.
Infelizmente, durante as assembleias foram presenciadas tentativas de assédios e de abusos, por parte de alguns gestores e coordenadores, que insistiam em constranger os demais trabalhadores, forçando uma situação de perseguição e de desrespeito para com a luta sindical. Não vamos aceitar assédio. Seguimos na luta!