A Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas (UTGC) enfrenta uma situação alarmante que expõe os trabalhadores a um risco iminente de grave acidente. Mais de 30 Permissões de Trabalho (PTs) por operador estão sendo emitidas diariamente para diversas atividades, incluindo serviços críticos, como o raqueteamento, que demandam acompanhamento rigoroso e atenção redobrada.
Os trabalhadores relatam que a alta demanda por PTs gera um ambiente de trabalho desorganizado, onde a supervisão e o cumprimento das normas de segurança ficam comprometidos. Atividades como o raqueteamento, que envolvem manuseio de equipamentos de alta pressão e risco de vazamentos de gases inflamáveis, exigem vigilância constante e coordenação eficiente entre as equipes. Contudo, a sobrecarga de tarefas dificulta a aplicação de protocolos básicos de segurança, aumentando exponencialmente as chances de falhas operacionais.
Omissão
Apesar dos alertas recorrentes do Sindipetro-ES sobre a gravidade da situação, a gerência da UTGC parece ignorar os riscos apontados. A postura da administração demonstra descaso com a segurança dos trabalhadores, uma vez que não são os gerentes que se encontram diretamente expostos aos perigos das operações. O longo tempo no cargo do atual gerente pode estar limitando sua visão sobre segurança.
“A situação já foi denunciada inúmeras vezes, e a gerência tem pleno conhecimento da gravidade. Enquanto isso, quem está na linha de frente, lidando com os riscos reais, que são os trabalhadores, seguem sendo direcionados a assumir esses riscos”, afirma Hoffmann, coordenador geral do Sindipetro-ES.
Condições de trabalho
O sindicato também destacou que o excesso de permissões de trabalho reflete uma sobrecarga nas equipes operacionais e uma possível falta de planejamento adequado na distribuição das atividades.
Para o Sindipetro-ES, a negligência da empresa em adotar medidas preventivas pode culminar em um grave acidente, colocando em risco os trabalhadores. A diretoria do sindicato cobra da gerência da UTGC medidas urgentes para mitigar os riscos. Entre as reivindicações, estão:
– Redução imediata da emissão de PTs diárias para garantir a supervisão eficaz;
– Reforço das equipes de acompanhamento para serviços de alto risco, como o raqueteamento;
– Revisão dos protocolos de segurança e realização de treinamentos específicos;
– Abertura de diálogo com os trabalhadores e o sindicato para discutir medidas de prevenção.
O atual cenário na UTGC é preocupante e demanda ação imediata!
Os trabalhadores continuam a desempenhar suas funções sob condições de extrema pressão e risco, aguardando que a empresa cumpra sua responsabilidade de assegurar um ambiente de trabalho seguro e estruturado.
A negligência em priorizar a segurança dos trabalhadores pode ter consequências desastrosas, como já evidenciado em tragédias passadas na indústria petrolífera.