Depois de tanta luta, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e seus Sindicatos, incluindo o Sindipetro/ES, conseguiram garantir junto à diretoria da Petrobrás a exigência de que as empresas terceirizadas, que atendem à Companhia, voltem a oferecer Plano de Saúde, médico e odontológico, para os trabalhadores e as trabalhadoras, e também para seus dependentes.
Para entender a importância dessa conquista, é fundamental recordar que esse benefício passou a ser obrigatório nos contratos da Petrobrás com as empresas terceirizadas a partir de 2003, após a primeira eleição de Lula. Antes, poucos trabalhadores tinham essa garantia. Porém, após o golpe contra o governo de Dilma Rousseff, e com a gestãso dos governos de Temer e Bolsonaro, essa obrigação começou a ser retirada dos contratos geridos pela Petrobrás, o que fez com que todas as empresas prestadoras de serviço excluíssem os planos de saúde para dependentes dos trabalhadores.
Desde então, Sindipetros e FUP se uniram para buscar reverter essa decisão, o que só veio a ocorrer com a terceira eleição de Lula, a indicação de Jean Paul Prates para presidência da Companhia e a inclusão dessa demanda nos Grupos de Trabalho, criados para atender às demandas dos trabalhadores.
Agora, partir do mês de agosto de 2023, todos os editais de contratação virão com a exigência de que o plano de saúde seja estendido para os dependentes dos terceirizados. Recuperar esse benefício é recuperar a nossa dignidade, promovendo saúde e segurança a todas as famílias. E é uma grande vitória!
Salário
E a conquista da FUP e dos Sindicatos vai além! Porque a Petrobrás também assumiu o compromisso de estipular um piso salarial para os terceirizados, incluindo esse requisito nos editais de contratação das empresas prestadoras de serviço. Dessa forma, haverá uma tabela mínima salarial a ser seguida, evitando uma disputa cruel construída pelo mercado, com o famoso quem dá menos, e evitando que a condição do trabalhador siga na precarização.
Ou seja, a opção por um piso salarial vai forçar as empresas a pararem de reduzir os salários dos profissionais de forma indiscriminada. Uma prática que, desde o início do governo anterior, tornou-se comum. Por consequência, algumas terceirizadas chegaram a oferecer metade e até um terço do que se pagava antes. Uma sequência de absurdos que atingia o bem-estar trabalhador, assim como sua autoestima.
A retomada do governo foi o primeiro passo para mudar o rumo da Petrobrás em nosso país. Políticas de valorização e de respeito à classe trabalhadora voltam ao cenário nacional, e apontam uma melhora significativa para a qualidade de vida de toda categoria.