Trabalhadores e trabalhadoras da empresa Kempetro, terceirizada da Petrobrás, estão sendo ameaçados por estarem em greve, iniciada no dia 24 de fevereiro. As ameaças são de demissão por abandono de posto de serviço. A categoria segue em paralisação, por tempo indeterminado, por conta dos descumprimentos de cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
“Essa é uma clara perseguição aos trabalhadores e às trabalhadoras que estão apenas lutando por seus direitos para que a empresa siga o que foi acordado anteriormente, no último ACT”, reforça o coordenador-geral do Sindicato dos Petroleiros no Espírito Santo (Sindipetro/ES), Valnísio Hoffmann.
Segundo ele, um dos motivos para que a greve esteja acontecendo passa por decisões recentes tomadas pela Petrobrás. “AKempetro não é a única errada nessa história. O contrato de prestação de serviço dessa empresa com a Petrobrás está se encerrando e a Companhia se recusa a migrar os trabalhadores para o novo contrato, que tem salários maiores”, explica Hoffmann.
Ele afirma ainda que, enquanto há uma negativa para aumentar os salários dos trabalhadores da base, os gerentes defendem a necessidade de se fazer um aditivo nessemesmo contrato porque os salários deles são menores. “É tão absurdo! É uma Economia de Palito, prejudicando diretamente os trabalhadores”, reforça o coordenador-geral do Sindipetro/ES.
O sindicato aponta, ainda, que essa situação que ocorre na Kempetro é a realidade de muitos contratos mantidos pelo Sistema Petrobrás. Segundo a entidade, esse é o resultado de um modelo predatório de licitação por menor preço, que facilita a entrada de empresas que só pensam em lucro, às custas do trabalhador.
O Sindipetro/ES já acionou a assessoria jurídica da entidade e informou que, se precisar, vai até as últimas instâncias para defender os direitos da categoria, cobrando punição para a empresa e responsabilidade dos gestores.
Sindipetro/ES em ação!
