Não vamos dourar a pílula nem usar termos difíceis. O que estão fazendo com a Eletrobrás é roubo descarado, na cara dura! O que mostra explicitamente, a partir das investiações feitas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), quais são as reais intenções do Governo de Bolsonaro em querer privatizar a empresa.
Duvidamos muito que tenha havido “erro de cálculo”. O que houve foi a tentativa de fazer com que a Eletrobrás fosse vendida pelo menor preço possível. E não é de hoje!
No ano passado, o Monitor Mercantil noticiou denúncia feita pela Associação dos Empregados da Eletrobrás (AEEL) formalizada ao TCU, CGU, Casas Legislativas, CVM e SEC. A entidade destacou 13 irregularidades, entre as quais renúncia de receita da União na chamada “descotização” das usinas da Eletrobras.
“As usinas em cotas tinham contratos já assinados até 2042, o que faz com que esta lei imponha à União uma gigantesca renúncia de receita em prol dos outros [acionistas] ordinaristas e preferencialistas a preço de banana”.
E quando se fala renúncia, entendemos que o Governo está abrindo mão de receitas futuras vindas da empresa que comprar a Eletrobrás. E são receitas bilionárias! Num cálculo rápido feito pela AEEL, com receita anual de R$ 1,5 bilhão até 2042, seriam R$ 83,2 bilhões. Considerando um aumento anual do preço de 5%, o valor chegaria no fim da concessão a R$ 230 bilhões.
Como vocês chamam um Governo que se utiliza de seu papel para vender um ativo estratégico para os brasileiros renunciando até R$ 230 bilhões no futuro? Por aqui chamamos de roubo!
