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Privatizar é bom para quem? Menos empregos e menos royalties para os municípios

A venda dos 27 campos de produção de petróleo que compõem o Polo Cricaré é um crime contra o Espírito Santo, cometido pela atual gestão da Petrobrás e com o consentimento do Governo do Estado do Espírito Santo. Vendida por US$ 155 milhões para duas empresas, no mínimo obscuras – a Karavan SPE tem apenas R$ 100 mil de capital social declarados e a Seacrest é uma empresa com sede em paraíso fiscal, nas Bahamas! – o Polo Cricaré é um dos mais importantes polos de produção de Petróleo e Gás do Espírito Santo.

Para se ter uma ideia, esse polio tinha como produção diária uma média de 1,7 mil barris de petróleo e 14 mil m³ de gás natural. Mesmo assim, foi vendida por um valor ridículo, equivalente a menos de três anos da sua produção de petróleo e gás (hoje, o brent está na casa dos 80 dólares).

As consequências serão desastrosas. De forma imediata, a tendência é que ao menos 500 postos de trabalho sejam extintos, fora os empregos indiretos que envolvem toda a cadeia produtiva de petróleo e gás no Espírito Santo, que também devem ser afetados.

O estado e os municípios capixabas também devem ser afetados com a queda da arrecadação de royalties. Isso porque o consórcio da Karavan-Seacrest será agraciado com a nova norma da Agência Nacional de Petróleo, que possibilita a redução dos repasses aos estados e municípios de 10% (pago pela Petrobrás) para 5% a 7,5% de repasse pelas empresas privadas consideradas Micro ou Pequenas Empresas.

Isso não parece preocupar o governador Renato Casagrande. Afinal, a entrega do Polo Cricaré foi assinada e celebrada no Palácio Anchieta, sede do Governo.

Quais interesses financeiros e políticos estão por trás disso e por que o Governo do Estado se empenhou tanto em cometer esse crime contra a sua própria população? Ainda não sabemos. Mas vamos descobrir!

É evidente que Renato Casagrande se afastou de seus compromissos com a geração de empregos, renda, arrecadação dos municípios e com a soberania energética do Espírito Santo. Prova disso é a privatização-relâmpago da ES Gás. Infelizmente, o ES está mergulhado na mesma política econômica do Governo Bolsonaro.

Sindipetro/ES em ação!

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