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Instituto Butantan estuda criação de vacina única contra a gripe e a Covid-19

Ainda não é possível saber quando o imunizante estará disponível para os ensaios clínicos; junção dos vacinas facilitaria imunização e reduziria custos

O Instituto Butantan está estudando a possibilidade de desenvolver uma vacina única contra a gripe e a Covid-19 com o objetivo de facilitar a imunização da população e reduzir custos logísticos dos processos.

De acordo com o instituto, o novo imunizante está em fase de prova de conceito e os primeiros resultados devem sair dentro de alguns meses. 

No entanto, ainda não é possível precisar quando o imunizante estaria disponível para os ensaios clínicos. A principal vantagem de ter um imunizante único para as duas doenças é a otimização das campanhas de vacinação, uma vez que as pessoas só teriam que se dirigir aos postos de vacinação uma única vez e os grupos prioritários são parecidos, principalmente os idosos. 

Além disso, os gastos do Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, para que as vacinas cheguem à população seria reduzido. 

A atual vacina da gripe produzida no Butantan utiliza três cepas do vírus da influenza e é chamada de é trivalente. 

Já a nova vacina do instituto contra a Covid-19, a ButanVac, utiliza o vírus da doença de Newcastle geneticamente modificado para conter a proteína Spike do coronavírus de forma íntegra. Ambos os imunizantes utilizam ovos embrionados para sua produção. 

Butanvac recebeu autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para realização de testes em humanos no início deste mês. 

Agora, a proposta é a formulação dos quatro componentes juntos – a trivalente da gripe e a tecnologia usada na Butanvac. 

“Se der certo, faremos um teste pré-clínico mais robusto, com maior volume de amostras”, afirma o diretor de produção do Butantan, Ricardo Oliveira.

O Butantan esclarece que vacinas combinadas já existem há muito tempo, mas até agora nenhuma delas envolve a imunização contra o vírus SARS-CoV-2, que causa a Covid-19.

“Precisamos avaliar como será a interação entre as proteínas para ver se uma vacina não atrapalha a resposta imunológica da outra”, diz Ricardo. 

O anúncio da pesquisa da nova vacina foi feito na última sexta-feira (18) pelo presidente do instituto, Dimas Covas, em coletiva de imprensa. 

Fonte: CNN Brasil

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