Sindipetro ES

Inércia da Petrobras pode levar a demissão de mais de 100 pessoas e prejuízo de R$ 46 milhões ao Espírito Santo

Prazo de seis meses chega ao fim, e Bunker da Transpetro pode ter as atividades encerradas em maio.

A operação do Bunker da Transpetro, dentro de área da Vale, pode chegar ao fim. Após longa e árdua mobilização dos/das petroleiros/as, no Espírito Santo, para conseguir que as atividades fossem adiadas por mais seis meses, o prazo para o término das atividades está próximo, e deve encerrar no próximo mês, em maio.

Desde que o Sindipetro-ES conseguiu, em 2020 e por meio de intermediação do governador Renato Casagrande, a prorrogação por seis meses da prevista desativação do Bunker, a Petrobrás não fez nada durante todo esse período e, novamente, mais de 100 trabalhadores/as correm o risco de perderem seus empregos.

Além disso, com a desativação do Bunker da Transpetro, haverá uma queda na receita dos cofres públicos, visto que somente ele gera, todos os anos, cerca R$ 46 milhões em ICMS.

Mobilização

No segundo semestre do ano passado, diretores do Sindipetro-ES se reuniram com parlamentares estaduais e federais, e ainda com o governador Renato Casagrande. Foi por meio dessa articulação que foi possível renovar o contrato de locação do píer da Transpetro no porto do Tubarão por mais seis meses.

O anúncio, feito pelo governador no final de outubro de 2020, trouxe esperança à categoria. O novo prazo dava condições para que a Petrobras pudesse se organizar e garantir que o Bunker seguisse no espaço arrendado pela Vale. A expectativa era por uma solução definitiva, e não pelo adiamento desse desastre. O problema não foi resolvido, com a Petrobrás mantendo essa situação estagnada.

O Sindipetro-ES solicitou os devidos esclarecimentos sobre as medidas que estão sendo tomadas para garantir a permanência da operação do Bunker no Espírito Santo. Já foi enviado um ofício do sindicato aos responsáveis pela operação.

Produção

É por meio do bunker que acontece a operação de fornecimento de diesel para os navios, com a Transpetro vendendo esse combustível às embarcações que chegam ao Espírito Santo. Em um mês de boa movimentação, a empresa chega a comercializar cinco mil toneladas de combustível, o equivalente a R$ 14,2 milhões. Em dez meses, por exemplo, seriam vendidos cerca de R$ 142 milhões.

“Não podemos permitir que a inércia da Petrobras cause esse enorme prejuízo aos trabalhadores e ao Espírito Santo, que pode perder o abastecimento de navios para outro Estado e, consequentemente, o ICMS correspondente a essa operação”, afirmou o coordenador do Sindipetro-ES, Valnísio Hoffmann.

A luta dos/das petroleiros/as é em defesa da soberania nacional, em defesa da economia brasileira e em defesa de empregos e de investimentos no setor do petróleo.

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