Após auditoria da Agência Nacional do Petróleo (ANP), realizada durante a semana passada, a Plataforma P-58 foi interditada. A decisão levou em consideração o estudo de risco contratado pela Petrobrás para avaliar a dispersão de gases da unidade. O resultado indica a necessidade de instalação e realocação de vários sensores, na plataforma, além de apontar que o sistema de CO2, da casa de bombas, está subdimensionado.
Tal estudo foi entregue, para a Petrobrás, em 2017, a qual, desde então, não fez nenhuma das devidas alterações, o que levou a ANP a interditar a plataforma após a auditoria.
O estudo de risco aponta a necessidade de instalação de aproximadamente 100 detectores de gás, visto que a situação atual não atende adequadamente a segurança. Além disso, o percentual de inundação de CO2, com os atuais cilindros, não está alcançando o necessário para o combate efetivo de algum sinistro na casa de bombas, sendo de extrema urgência a implementação de mais seis cilindros para suprir a demanda da bateria de CO2 da casa de bombas.
Nesta semana, em reunião da diretoria do Sindipetro-ES com o gerente do Ativo, Gilvan Amorim, a Petrobrás informou que já encaminhou as propostas com as medidas que visam atender as exigências da ANP para, assim, retornar às operações da unidade, nos próximos dias. Além disso, a companhia afirma que vai tomar todas as medidas necessárias para acelerar o processo de implementação dessas melhorias apontadas no estudo de risco.
O Sindipetro-ES frisou, durante a reunião, sobre a importância da preocupação com a segurança e a integridade das pessoas e das instalações; assim como da necessidade da presença do sindicato, como órgão fiscalizador, em acompanhar de perto todas as auditorias e processos investigatórios realizados abordo das unidades.
O sindicato não foi informado da auditoria realizada, durante a semana passada, pela ANP. A Petrobrás reconheceu que foi uma falha não ter informado ao sindicado sobre a vinda da Agência Nacional do Petróleo, e afirmou que o erro não irá acontecer nas próximas auditorias.
A diretoria do Sindipetro-ES reafirma que segue atenta às questões de segurança e de ambiência nas unidades, acompanhando, de perto, essa e as demais demandas referentes às seguranças dos trabalhadores.
“Problemas semelhantes, em relação à segurança das instalações e dos trabalhadores, vem ocorrendo em outras unidades, além dos incidentes que vêm ocorrendo no próprio Ativo, e com certa frequência. O sindicato já informou a Petrobrás sobre essas situações. Esperamos que a atual interdição da P-58 possa servir de aprendizado e de alerta para que novas situações como esta não voltem a acontecer, muito menos situações de maior proporção, como o ocorrido há quatro anos, na plataforma cidade São Mateus”, reforça o diretor Fábio Velten.