Dezenas de trabalhadores e trabalhadoras capixabas de diversas categorias saíram às ruas nesta sexta-feira, 31, para comporem o ato do Dia Nacional de Paralisação Contra a Terceirização e as Reformas da Previdência e Trabalhista. Concentrados em frente ao prédio da Petrobrás na Avenida Nossa Senhora da Penha, em Vitória, desde às sete horas da manhã, os trabalhadores empunhavam faixas e cartazes com os dizeres de resistência: “Petrobrás e Correios patrimônio brasileiro”, “Nenhum direito a menos” e “Terceirização: escraviza, mutila e mata”.
“Hoje é o aquecimento para o movimento de greve geral no dia 28 de abril. Temos que nos mobilizar porque esse governo está tirando todos os nossos direitos. Se não agirmos, em breve não teremos mais férias, mais décimo terceiro, não teremos mais nada. Temos que ir para a rua para não deixar que essas medidas passem”, frisa o petroleiro da P-58, Alex Rodrigo Pereira. Além dos petroleiros, estiveram presentes no grande ato de construção da Greve Geral, os trabalhadores dos Correios, os companheiros bancários, enfermeiros, professores, metalúrgicos e trabalhadores dos serviços de abastecimento de água e saneamento. “O nosso movimento é legítimo em defesa da classe trabalhadora e em defesa das empresas públicas. Se nós não nos movimentarmos, seremos atropelados pelas medidas desse governo”, conta o carteiro, Fischer Marcelo, presente na manifestação.
Além de Vitória, outras cidades brasileiras estão com os trabalhadores mobilizados e nas ruas somando o Dia Nacional de Paralisação. As manifestações são fruto da resistência da classe trabalhadora aos ataques vindos do governo golpista de Michel Temer (PMDB) e do Congresso Nacional com a aprovação da terceirização irrestrita e as reformas da previdência e trabalhista que estão em debate. O ato, que se encerrou às 11 horas em frente à agência da Caixa Econômica Federal da reta da Penha, dá a início a mobilização nacional para a Greve Geral no dia 28 de abril.